Durante
esse semestre estudei uma matéria chamada Estudo da Percepção,
dentro dela abordamos o texto “O
Sensível Olha Pensante”
o qual me chamou bastante atenção e me fez refletir sobre como é
meu verdadeiro olhar para as coisas a minha volta, me fez perceber as
o mundo a minha volta de uma maneira diferente, tudo me chama mais
atenção, seja no caminho para a faculdade, seja no trânsito
com um ônibus lotado e até mesmo na tensão pré prova, criando um
interesse em mim que tinha sido, talvez, adormecido: a fotografia. E
com isso eu te pergunto uma coisa: De que forma você realmente
ver as coisas? Que sensação elas geralmente te passam? Em que grau
de profundidade olhamos para o mundo? E será que realmente sempre
olhamos o que vemos?
Se
por exemplo, formos a uma exposição, independente de que seja, e
logo na entrada nos entregarmos um panfleto explicando sobra todas as
peças da exposição, o que nós faríamos? Será que procuraríamos
enxergar cada detalhe das obras individualmente, ou leriamos no
panfleto para ter uma “ideia”, no caso já formada por outras
pessoas?
Confesso
que nunca tinha me feito essas perguntas antes, e paisagens belas com
finitos significados passavam direto por minha visão, eu não usava
o meu sensível olhar, não procurava um olhar divergente a fugir do
senso comum, e é isso que vemos muito entre as pessoas, elas não
procuram enxergar além daquilo que lhes mostram, estão satisfeitas
com o a opinião de outras pessoas e acabam não tendo sua própria
visão de mundo. O sensível olhar buscar exatamente o contrário, é
o encontro do seu olhar e o olhar do outro, pode ser o criador de uma
obra, de uma roupa, arquitetura ou quem te passou a opinião de
alguma coisa.
O
olhar das pessoas envolve muito mais do que as experiências vividas
em um momento, a uma sociedade ou a sua cultura, envolve todo um
contexto histórico, político, filosófico, valores estéticos,
éticos e ate mesmo a um grupo ou classe social. Mas, para vermos
isso precisamos enxergar com o sensível olhar, ver além daquilo que
as pessoas falam, além do olhar do criador, perceber as diferenças
das cores, texturas e formas que as coisas nos trazem, não podemos
apenas nos satisfazer com o conhecimento vindo de fora, devemos
enxergar por meio dos seus significantes para chegarmos ao seu real
significado.
Com
tudo o que foi dito, agora podemos responder: Como vemos o mundo? As
paisagens da nossa cidade, do nosso bairro ate mesmo a nossa rua.
Será que usamos o sensível olhar, que percebemos a verdadeira
beleza das coisas, o significado que elas nos trazem ou apenas
ignoramos e reclamamos deixando o estresse nos tomar conta enquanto
poderíamos aproveitar as coisas boas e proveitosas que temos a
volta, seja com a fotografia, um passei de bicicleta, um piquenique
no parque, existem tantos jeitos de nos fazer despertar esse
olhar, o olhar pensante procurar formas diferentes de olhar, mas
primeiro para conquistar esse olhar pensante devemos perceber a
“forma” do olhar superficial, preconceituoso, reducionista e
ingênuo para abrir lugar para o olhar sensível e enxergar através dessas coisas.
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